sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tasca do Chico (Trêsminas - 21 de Abril de 2012)


A timidez da Primavera levou-nos, desta vez, a experimentar iguarias gastronómicas próprias das estações frias. Ao mesmo tempo, aproveitámos para revisitar um local histórico do nosso concelho, mais concretamente, a aldeia de Trêsminas. O restaurante escolhido foi a localmente famosa Tasca do Chico.

Chegado o dia, fizemo-nos à estrada para uma viagem de 18 km que para qualquer ser humano comum não passa duma curta percurso. No entanto, esta consistiu num autêntico pesadelo de curvas e contracurvas rodeadas de precipícios e perdidas algures no Portugal esquecido dos grandes senhoriais do Litoral.

A aldeia histórica de Trêsminas, situada na Serra da Padrela, poderia muito bem servir de cenário a uma história de Astérix, dadas as suas inúmeras influências Romanas.
No local de repasto, fomos recebidos pela simpatia e cordialidade do Sr. Chico e respectiva família, que se manifestaram extremamente atenciosos e preocupados com o nosso bem-estar durante a refeição.

Após nos estabelecermos na respectiva mesa, foram-nos servidas as entradas, que consistiram em salpicão, queijo de cabra e uma deliciosa bola de carne acabada de sair do forno, acompanhadas por uma caneca de vinho tinto da Casa. É de realçar que o vinho era bastante agradável, ao contrário da maior parte dos “vinhos da Casa” que se servem por esse País fora.


De seguida, e por forma a aconchegar o estômago para o que ainda aí vinha, foi-nos servida uma canja de galinha. Nada de exuberante, serviu bem os seus propósitos.


O tempo esse, passava devagar, verificando-se perfeito para os momentos de amena cavaqueira. 

E eis que por fim, chega o cabeça de cartaz do nosso festival gastronómico: o JAVALI!




Acompanhado de arroz branco, míscaros, batatas a murro e castanhas assadas, revelou-se de uma qualidade à medida da ocasião. A sua carne, tenra e bem temperada, deixou as nossas papilas gustativas em êxtase com uma explosão de sabores indescritível, e os nossos estômagos saciados até ao dia seguinte.



Para sobremesa, optámos por pudim da casa e pera bêbada, que cumpriram aceitavelmente.

Por fim, foram servidos os cafés e pedimos a conta que perfez 20 € por pessoa.

Após deixarmos a Tasca, decidimos dar um passeio pelos locais de influência Romana existentes nas redondezas: Igreja Romana, Centro Interpretativo, Cortas de Covas e Ribeirinha, e diversas ruínas.



Este passeio revelou-se também uma boa experiência de aprendizagem histórica e cultural proporcionada pelo membro e historiador Henrique Coelho.

Em suma, este dia tratou-se de mais um convívio saudável e enriquecedor entre os membros desta Irmandade (foi pena, mais uma vez, não estarem todos os membros presentes).

É importante realçar a qualidade da Tasca do Chico (9,5 valores numa escala de 0 a 10), demonstrando que não é preciso ir a um restaurante com estrelas Michelin em Lisboa ou no Porto para se comer muito bem e, acima de tudo, a um preço bastante aceitável.

A Irmandade aconselha vivamente os leitores a visitarem este local perdido algures no Reino Maravilhoso de Miguel Torga.

Saudações da Irmandade e até ao próximo repasto!